Francisco Borges compartilha experiências de adoção no encontro de julho dos GAA's

O encontro mensal dos Grupos de Apoio à Adoção em Jacareí e São José dos Campos AlegrAA/AlegriAA, proporcionou uma rica troca de experiências e momentos de confraternização neste mês de julho. O evento ocorreu no Espaço Vida, no bairro Urbanova, em São José e contou com a palestra "Brincar de Viver", ministrada por Francisco Borges, filho adotivo e pai solo de 6 meninos em 3 processos de adoção.

Alguns aspectos abordados na palestra foram: como saber se estou pronto para adotar, a importância da rede de apoio e quando ela não tem o efeito esperado, expectativas com adoção tardia, entre outros.

Sandra Cristina, presidente dos grupos AlegrAA e AlegriAA, abriu o encontro apresentando ao grupo a Heloísa Bonjardim, fundadora do AlegrAA em São José, bem como os próximos eventos: o VII Ciclo de Palestras e a participação do grupo nos Festival dos Imigrantes, em Jacareí, e no Festival da Amizade em São José dos Campos. Em seguida, apresentou e passou a palavra ao palestrante.

Francisco começou a contando sua própria experiência de vida. Primeiro, do seu abandono, depois da sua vida no abrigo e do momento de sua adoção e experiência como filho adotivo, o que levou os presentes a refletir sobre a adoção do ponto de vista da criança: "Foi uma sensação incrível, quando me senti filho pela primeira vez", conta.

Como pai por adoção, ele refletiu sobre nossas expectativas com relação à adoção tardia e suas próprias experiências com seus filhos: "Às vezes, a gente pensa que adotar uma criança menor vai ter menos demanda, mas não necessariamente é assim". Ele contou que construiu uma afinidade mais rápida e profunda com seus filhos que chegaram mais velhos, e que os mais novos precisaram de um pouco mais de tempo, por causa de suas próprias individualidades. "Sugiro que quando for adotar, tenham um olhar personalizado para cada filho".

Francisco também falou da importância de estar em terapia antes mesmo da adoção se concretizar: "É importante que a gente já esteja sempre em terapia. É tão importante ter essa estrutura que nos abraça, que nos compreende. Não espere um momento difícil chegar, nem espere sua criança chegar. Porque a sua rede de apoio, às vezes, não entende o que você vai passar". Ele explica que a rede de apoio, embora importante, não consegue oferecer tudo o que é necessário no processo adotivo. "Eles vão questionar, vão vir cheios de teorias, e você vai questionar se são rede de apoio ou se são só parentes. E olha que ser só parentes não é pouca coisa", complementou.

Ao final do encontro, ocorreu um momento de confraternização e convivência.